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Publicada por
Filipe heitor
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É muito difícil se informar, especialmente durante a pandemia da COVID-19. É desafiador identificar o que é verdade e o que é mentira em postagens nas redes sociais e até em certos sites e canais de notícias. Informações falsas, desinformação e ‘’fake news’’ dificultam a tarefa de se manter bem informado. Por isso, é melhor entender a diferença entre essas três coisas para ler notícias e navegar pelas redes sociais de maneira mais crítica (e segura).
[editar]Passos
[editar]Definições
- Compreenda que informações falsas são aquelas que, apesar de enganosas, são compartilhadas como se fossem verdade. Muitas pessoas compartilham informações falsas acreditando que estão levando conteúdo importante para amigos e familiares. Informações falsas são mais comuns do que você imagina. [1] Por não verificar a informação antes de compartilhá-la, a pessoa que repassa conteúdo falso raramente tem a intenção de prejudicar os outros. [2]
- Normalmente, quem compartilha informações falsas acredita que elas sejam verdadeiras, replicando-as sem perceber que está difundindo uma mentira.
- Classifique como “desinformação” qualquer informação falsa criada e compartilhada com más intenções. Muitas informações falsas podem ser bem intencionadas e positivas. A desinformação, porém, é feita para enganar e manipular o leitor ou espectador. Quando uma organização ou indivíduo cria e compartilha informações que sabe ser falsas, trata-se de “desinformação”. [3]
- Informações falsas têm mais a ver com a ideia de ‘’erro’’, enquanto a desinformação é ‘’deliberadamente falsa’’: há nela a intenção de prejudicar alguém.
- Quem cria e faz ressoar uma narrativa falsa está participando de uma campanha de desinformação.
- Reconheça ‘’fake news’’ como informações falsas no formato de notícia. ‘’Fake news’’ é um termo guarda-chuva que abarca informações falsas e desinformação. Porém, as ‘’fake news’’ envolvem a criação e circulação de informações falsas em larga escala ou em plataformas que se apresentam como portais de notícias. As ‘’fake news’’ são muito perigosas, pois costumam ter um alcance maior. [4]
- As ‘’fake news’’ costumam ser criadas por portais específicos: geralmente, são organizações e websites que espalham informações manipuladas constantemente.
- Entenda sátira como uma informação excessivamente falsa feita para reforçar um ponto de vista. Não há consenso em relação ao papel dos artigos satíricos e paródicos no debate sobre informações falsas e desinformação. Normalmente, sátiras são notícias e textos exageradamente falsos criados para ironizar algum assunto e reforçar certas perspectivas. Porém, se alguém compartilhar uma sátira ou paródia achando que é verdade, ela pode ser considerada uma informação falsa. [5]
- Por exemplo, um artigo satírico poderia ter a seguinte manchete: “COVID-19 Teve Origem em Marte”. Se alguém levar o artigo a sério e compartilhá-lo como conteúdo crível, pode-se classificá-lo como informação falsa.
- Através da ironia, um artigo satírico poderia demonstrar como certas opiniões sobre a COVID-19 são bizarras.
[editar]Fazendo uma boa checagem de fatos
- Refute informações falsas e desinformação com a ajuda de sites especializados em checagem de fatos. Descobrir se uma informação é verdadeira ou falsa na internet costuma ser um grande desafio; entretanto, há muitos recursos bem úteis para não ser enganado por todo esse conteúdo malicioso. Descubra se uma informação nova ou diferente é pertinente através de sites voltados à checagem de fatos (fact-checking). [6]
- Você pode encontrar uma lista com diferentes sites dedicados à checagem de fatos aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Verifica%C3%A7%C3%A3o_de_fatos#Am%C3%A9rica_Latina
- Analise criteriosamente o website para descobrir se ele é legítimo. Procure a seção “Sobre nós” ou “Sobre” do website — organizações com alguma credibilidade costumam tê-la. Leia a descrição do site para identificar se ele possui um viés muito claro; se tiver, fique alerta. Olhe as fotos e biografias do pessoal responsável pelo site: alguns portais de ‘’fake news’’ usam fotografias de bancos de imagens para dar vida a autores que, na realidade, não existem. Uma boa olhada na URL do website costuma ser útil: muitos portais de ‘’fake news’’ possuem URLs que imitam a de sites conhecidos. [7]
- Por exemplo, um site de ‘’fake news’’ pode ter a seguinte URL: “globo.com.co”. Trata-se de uma URL evidentemente falsa, que tenta se passar pela página de notícias da Globo.
- Se um site não tiver uma seção “Sobre” ou de “Contato”, considere-o um portal de ‘’fake news’’.
- Você também pode fazer uma busca reversa nas imagens usadas no site. Em geral, sites de ‘’fake news’’ usam fotos de bancos de imagens. [8]
- Há inúmeras maneiras de incorporar um viés a uma informação. O autor torna uma matéria enviesada acrescentando detalhes desnecessários no texto que reforçam estereótipos ou narrativas políticas. [9]
- Verifique a data de publicação do artigo. Alguns grupos de ‘’fake news’’ citarão manchetes antigas e recortes descontextualizados (de vídeos ou de áudios) com o objetivo de remetê-los a uma narrativa sobre algo atual. Compare a data de publicação do artigo às datas dos artigos citados pela publicação falsa. Muitas ‘’fake news’’ surgem desse jeito, aparentando legitimidade através de conteúdo completamente desatualizado! [10]
- Por exemplo, no caso da COVID-19, alguns grupos podem utilizar falas descontextualizadas do médico Dráuzio Varella de antes da pandemia para defender que não devemos nos preocupar com a doença. O médico retificou sua opinião sobre o Coronavírus, afirmando que o subestimou e que não se pode minimizar a COVID-19.[11]
- Verifique o histórico do autor e seus trabalhos anteriores. Pesquisar pode parecer algo muito chato, mas não é um processo demorado. Faça uma busca online pelo nome do autor responsável pelo artigo e veja o que encontra. Além disso, procure consultar quaisquer fontes e citações utilizadas pelo escritor. Um artigo factual e intelectualmente íntegro normalmente será sustentado por fatos e escrito por um indivíduo com boa formação. [12]
- Idealmente, os melhores autores são aqueles que escrevem sobre determinados assuntos, colaborando com organizações que possuem credibilidade.
- Se as fontes não parecerem sustentar a argumentação presente no artigo, trata-se de ‘’fake news’’. Ademais, a falta de uma autoria clara é um sinal clássico de boatos e ‘’fake news’’.[13]
- Compare a informação presente no artigo ao que fontes confiáveis dizem. Pesquise sobre as informações contidas no artigo em fontes confiáveis e críveis. Veja se o que está sendo dito corrobora a opinião de especialistas. Se o artigo entrar em contradição com a opinião de especialistas no assunto, ele provavelmente é ‘’fake news’’. [14]
- Por exemplo, se você estiver lendo um artigo sobre COVID-19, verifique os sites da ONU e da Organização Mundial da Saúde para saber se as informações não contradizem o que tais fontes defendem.
- Não se deixe enganar por artigos com títulos caça-cliques (ou ‘’clickbaits’’). Artigos caça-cliques, como o nome sugere, são feitos para atrair cliques dos leitores. Infelizmente, a estratégia caça-cliques é muito comum no universo das ‘’fake news’’. Estudos mostram que até 60% dos usuários de redes sociais compartilham artigos apenas pelo título, sem ler o conteúdo deles. Ignore qualquer texto cuja manchete pareça ser muito exagerada. [15]
- Artigos com títulos contendo “Você Não Vai Acreditar no que Aconteceu” são bons exemplos de caça-cliques.
- Proteja-se de ‘’fake news’’ sendo um pouco cético diante de informações novas. Você pode achar essa atitude um pouco negativa, mas ela é útil para tornar a internet um lugar mais seguro e saudável Não dê importância a qualquer informação que seja sem antes verificar quem é o seu autor, onde ela foi publicada e qual seu nível de credibilidade. O processo pode demorar um pouquinho, mas é muito útil e importante. [16]
- Reforce a amigos e familiares que eles precisam encarar novas informações de maneira crítica, também.
[editar]Dicas
- Existem muitas extensões que podem ajudar você a identificar informações falsas. Faça uma pesquisa em seu navegador predileto para descobrir boas opções. [17]
[editar]Avisos
- Sempre cheque informações antes de compartilhá-las. Boas intenções não tornam informações falsas mais reais (ou menos prejudiciais).
[editar]Referências
- ↑ https://www.washingtonpost.com/education/2018/12/10/word-year-misinformation-heres-why/
- ↑ https://guides.lib.umich.edu/fakenews
- ↑ https://www.washingtonpost.com/education/2018/12/10/word-year-misinformation-heres-why/
- ↑ https://guides.library.cornell.edu/evaluate_news/fakenews
- ↑ https://guides.lib.umich.edu/fakenews
- ↑ https://research.ewu.edu/journalism/factcheck
- ↑ https://guides.library.cornell.edu/evaluate_news/recognizing
- ↑ https://www.npr.org/sections/alltechconsidered/2016/12/05/503581220/fake-or-real-how-to-self-check-the-news-and-get-the-facts
- ↑ https://owl.purdue.edu/owl/general_writing/academic_writing/using_appropriate_language/stereotypes_and_biased_language.html
- ↑ https://www.factcheck.org/2016/11/how-to-spot-fake-news/
- ↑ https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/04/15/uol-debate-coronavirus-drauzio-varella.htm
- ↑ https://libguides.library.umaine.edu/fakenews/identification
- ↑ https://riuni.unisul.br/bitstream/handle/12345/3181/112578_Israel.pdf?sequence=1&isAllowed=y
- ↑ https://libguides.library.umaine.edu/fakenews/identification
- ↑ https://edu.gcfglobal.org/en/thenow/what-is-clickbait/1/
- ↑ https://www.brookings.edu/research/how-to-combat-fake-news-and-disinformation/
- ↑ https://www.rand.org/research/projects/truth-decay/fighting-disinformation/search.html
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