Como Consertar um Zíper Separado

Como Dissolver o Ego de Acordo com as Lições de Eckhart Tolle

Na sua essência, você é uma consciência, quietude ou presença sem forma. O ego, neste contexto, é o falso “eu”, o estado de consciência atual da humanidade que não permite que a “presença” (inteligência universal) resplandeça. É uma tela feita de condicionamentos mentais (pensamentos e emoções) através da qual você age e vê o mundo. O ego já foi um estágio necessário para evolução da consciência, mas, para dar o próximo passo em direção a essa evolução, e garantir nossa sobrevivência, precisamos reconhecer e dissolver o ego. Considerando os dias atuais, existe um grande senso de urgência porque o crescimento do inconsciente, ou ego, está ameaçando nossa sobrevivência, bem como a sobrevivência de outras espécies e da natureza.[1] A dissolução do ego é para aqueles que já estão preparados internamente. Nem todo mundo está pronto, mas muitos estão.[2] Não leia esse artigo apenas com a sua mente, mas preste atenção nos sentimentos mais profundos que aparecerão enquanto você lê. O sentimento o levará mais longe do que o pensamento pode levar.

[editar]Passos

[editar]Reconhecendo o ego

  1. Reconheça que o ego, neste contexto, é uma identificação com a mente e forma.[3][4] Quando você diz algo como “sou um policial”, “sou um engenheiro”, “sou um CEO”, “sou um sem-teto”, “sou um pai”, “sou um escritor”, “fui traído”, “sofro de determinada doença”, etc., isto é parte da identificação com pensamento e do condicionamento mental. Isso significa que ao pensar daquela forma ou assumir aquele papel, ao rotular aquela história, você foi inserido no seu mundo espiritual ou mundo dos pensamentos. O ego, o qual não está consciente da verdade dentro desse mundo, baseia o seu senso do “eu” em coisas, condições, cultura, aparência física, relacionamentos, experiências, estórias, conhecimento, história e etc. Quanto “melhor” ou “pior” o rótulo dado a uma história ou condição (quanto mais enfática a rotulação), maior a identificação.
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  2. Reconheça a forma-identificação. A identificação com coisas e condições como a aparência, o corpo, doenças, títulos, dinheiro, possessões, religião, gênero, cor da pele, idade, nacionalidade, etc. são, em última instância, pensamentos da sua cabeça, que contribuem para uma “imagem ilusória” de quem você acredita que é. O ego precisa, e se alimenta continuamente, da identificação com formas para que possa sobreviver e fortalecer o seu falso senso do “eu”. Como todas as coisas e condições estão submetidas à lei da impermanência, ou seja, nada dura para sempre, o ego vive em um constante estado de medo. O ego se mantém sempre ansioso, esperando pela próxima coisa para se identificar. Isso explica, em parte, o fato do ato de pensar torna-se compulsivo. Também explica o medo e o desejo serem nossas forças motivadoras mais importantes. Leia sobre isso para aprofundar-se.
    • Aqui estão algumas questões: o que acontece quando você, ou alguém próximo a você, fica doente e o seu corpo se torna fraco? O que acontecerá quando você perder sua aparência com o envelhecimento ou por outro motivo qualquer? O que aconteceria se você perdesse seu status social, dinheiro e bens? Cedo ou tarde, você terá que abandonar essas coisas ou condições.
    • Com a aproximação da morte, todas as formas e relacionamentos, todas as coisas ou conceitos com as quais você identificou-se durante a vida, serão irrelevantes e ilusórias. A morte arranca de você tudo o que você não é.[5] Isso não é um fato?
    • Isso não significa não aproveitar e valorizar as coisas, relacionamentos e os prazeres passageiros do mundo. Na verdade, ao compreender a natureza impermanente e passageira das coisas, você irá valorizá-las ainda mais.[6] Isso porque o medo da perda do material, dos relacionamentos e experiências irá se dissolver. Existe um motivo para a natureza transitória das coisas e eventos. O sofrimento surge quando você procura por satisfação duradoura nesse mundo, onde os relacionamentos, as experiências e todas as coisas materiais são passageiras. Ao não perceber essa verdade, você estará condenado a procurar por experiências fugazes, prazeres sensoriais, relacionamentos e coisas materiais, um após o outro, buscando uma satisfação duradoura, a qual você não encontrará.
    • Pergunte a você mesmo: “se eu perdesse meus bens, relacionamentos ou condição de vida, eu me sentiria completo?” ou “o que eu seria sem essas coisas?”. Sinta resposta em seu corpo inteligente, ao invés de perguntar à sua mente. A mente, um falso Deus, provavelmente diria algo como “você seria diminuído, é claro”. Procure por respostas profundas e intuitivas através do seu corpo interno, seu “ser”, ou fonte primária de inteligência para a tomada de decisões.
  3. Reconheça que, fundamentalmente, está tudo na sua mente. Não importa que seja um desejo, medo, ciúme, alegria, tristeza, coisas que você possui, suas realizações, aparência, relacionamentos, depressão, saudade, seu trabalho, nacionalidade, o time que você torce, ou qualquer outra identificação. Todas essas coisas são, no fim das contas, formas psicológicas (pensamentos e emoções condicionados) em sua mente que estão agarradas ao “eu” primitivo e suas formas de pensar. Por exemplo, o seu carro torna-se um pensamento, o qual assume forma na sua cabeça e agarra-se ao seu “eu” primitivo que diz: “meu carro”. Da mesma maneira, o pensamento com a forma “eu” agarra-se a outros pensamentos com formas do tipo “estou sofrendo com depressão”; “ganho muito dinheiro”; “tenho ansiedade”; “sou uma pessoa sem graça”; “conquistei isso ou aquilo”, etc. “O Ego é a identificação com as formas de pensamento primitivo.” Eckhart Tolle.
    • Por exemplo, toda vez que você vê uma coisa ou pessoa, logo em seguida começa um desejo ou uma frustração, com base no seu condicionamento mental. Esteja bem alerta para entender que o “desejo” não é algo que está solto por aí, mas algo criado pela mente que busca formas, relacionamentos, experiências, prazeres, etc. Ele faz isso para aumentar o seu senso fictício do “eu”, com uma expectativa inconsciente de preenchê-lo. Outro exemplo: você sente uma dor ou uma pressão no seu corpo e, em resposta a isso, você desenvolve reações mentais-emocionais (ansiedade, preocupação, medo, etc.). O sofrimento não foi causado pela condição (a dor ou pressão), mas pelos pensamentos sobre ela.
    • É por isso que Ramanan Maharshi disse “mente é maya (ilusão)”.
  4. Reconheça a natureza incansável e insana da mente ou “a voz na sua cabeça". Sua mente é hiperativa, já que a maior parte dos seus pensamentos é compulsiva, recorrente e sem sentido. Os mesmos pensamentos vão e vem e disparam os mesmos pensamentos e emoções reativas baseados no condicionamento mental. São como discos velhos arranhados tocando na sua cabeça.[7] Além disso, esse ciclo se torna nocivo devido a esses pensamentos serem frequentemente negativos, o que causa uma grande perda de energia.[8] Esta é aquela voz que nunca se cala e com a qual você se identifica. A disfunção básica é que a mente trata o presente como um obstáculo, um inimigo ou algo que precisa ser parado.
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    • Você pode experimentar: observe sua atividade mental. Você consegue perceber que essa atividade, ou a voz na sua cabeça, é automática, compulsiva e nunca pára?[9][10]. Reconheça profundamente que sua mente gera, em seu espaço de consciência, uma corrente incessante de pensamentos baseados em condicionamentos (identificação com a forma). Veja por esse lado: como você pode ser o agente observador das vozes e, ao mesmo tempo, ser essas vozes?
    • "Reconhecer que o falso é falso é meditar. Isso precisa acontecer todo o tempo.” — Nisargadatta Maharaj. O que é “falso”? A voz incessante na cabeça e o pensamento condicionado.
    • Uma grande parte dos sofrimento e problemas surgem quando você acredita que a voz e as emoções são “você”.[11][12] Isso ocorre quando você perde o seu “eu” e se torna as vozes e as emoções. Isso é a doença da identificação da mente ou ego, onde o seu “eu fantasma” assume sua vida completamente e o pensamento torna-se compulsivo. Você nem sequer está lá (no pensamento), mas a mente cria uma imagem de você.
  5. Entenda que a mente é um impostor e finge ser você.[13] A mente também é uma ferramenta maravilhosa: o problema vem quando você procura pelo seu "eu" dentro dela. Assim, ela torna-se uma mente egoica e assume toda a sua vida. O seu senso de “eu” é relacionado a uma mudança constante e ao condicionamento da mente, a qual baseia-se no passado e na identificação com a forma. Isso não significa que todos os pensamentos são dolorosos e improdutivos. Entretanto, estamos tratando aqui de certos pensamentos negativos, repetitivos e persistentes, e de emoções, que formam o cerne do ego. Esse tipo de pensamento compreende cerca de 80 a 90% dos seus pensamentos.[14].
    • Alguns pensamentos, incluindo palavras que tornam-se pensamentos em sua cabeça, podem direcioná-lo à dimensão espiritual [15] que pode manter ou dissolver pensamentos e crenças negativas, não permitindo que você caia novamente no nível mais profundo da inconsciência. Note que esses não são os pensamentos repetitivos, ordinários ou pensamentos que buscam apenas ganhar atenção. Essas palavras (pensamentos) podem também fazer parte da sua jornada espiritual. Tenha o entendimento de que você não é seus pensamentos, mas aquele que observa os pensamentos. Palavras ou conteúdos podem, na melhor das hipóteses, apontar para a verdade, mas não são a verdade.[16]
    • Você é a verdade, a atemporal, perfeita e invisível consciência que está atenta à incessante voz na sua cabeça, às reações, emoções e ao mundo.[17] O ego implica na inconsciência ou identificação com aquela voz.[18]
  6. Compreenda que esse mundo é como um parquinho. Assim como um atleta tem seus equipamentos, táticas e estratégias para um certo jogo, você tem o seu corpo, objetos, pensamentos e conhecimento como seus equipamentos para brincar no parquinho, ou seja, este mundo.[19] Também entenda que esses são apenas equipamentos, não são você. Sim, esses equipamentos tem seu lugar na brincadeira neste mundo, mas isso não significa que você deva identificar-se ou perder-se no deles. Você, em essência, é uma consciência sem forma e compartilha essa essência com todos os seres. [20]
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[editar]Reconheça a natureza impessoal da mente

  1. Reconheça a natureza impessoal da mente. Assim como um programa de computador executa repetidamente a mesma função, a sua mente, através do condicionamento mental baseado no passado, estruturas egoicas e identificação com a forma, também executa um apanhado de reflexos e reações condicionadas.[21] Você nem está lá, mas, a sua personalidade, criada pela mente, interage com imagens, personalidades e mesmo com um mundo todo inventado. Não importa onde você esteja, uma vez que o ego está governando a sua vida, os mesmos padrões egoicos emergirão em diferentes situações e lugares. Você já ouviu o ditado: "aonde quer que você for, lá você estará?"
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    • Essa é uma das principais razões para o ego não ser um problema pessoal. Todos os egos têm a mesma estrutura baseada em medo, desejo, procura, conflito e resistência ao real, ou seja, a identificação com o condicionamento mental.[22] Em outras palavras, os egos apresentam apenas diferenças superficiais. No fundo, eles são a mesma coisa. Aparentemente, palavras, conteúdos ou estórias podem até ser diferentes, mas a energia por trás de tudo, as reações e a estrutura são do ego. Por exemplo, a maioria das pessoas compara elas mesmas com as outras usando atributos diferentes como aparência, dinheiro, habilidades, carros, casas, etc. Essas coisas usadas para comparação podem até ser diferentes na superfície, mas é o ego que alimenta a comparação.
    • Considerar o ego algo pessoal é sinal de mais ego. O ego adora personalizar coisas e é muito bom nisso. Uma vez que você enxergou a verdadeira natureza impessoal e disfuncional da mente, você naturalmente renunciará à sua identificação com ela. Você torna-se não reativo, perdoador, tolerante e compassivo com você mesmo e com os outros. Eventos não são personalizados como bons ou ruins, ou mesmo neutros. O momento é o que ele é.

[editar]Observe a mente

  1. Observe a mente. Nossa mente foi condicionada por de milhares de anos de condicionamento cultural, social e genético, além de muitos anos de condicionamento pessoal, tornando-a impetuosa. Tentar, resistir, controlar e desejar são ações inúteis, pois são características da mente limitada. Na verdade, eles reforçam o ego.[23] Na verdade, os problemas da mente não podem ser resolvidos ao nível da mente. É por isso que ouvimos que uma pessoa não se torna boa tentando ser boa, mas encontrando a bondade que já está dentro dela.
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    • Simplesmente observe a narrativa do condicionamento automático com muita atenção. Observar ou conscientizar-se são ações que estão em outra dimensão da consciência, e não são parte do pensamento. Quando você observa, você recupera a sua consciência engaiolada pela mente e enxerga realmente a disfuncionalidade e a irracionalidade da “voz na sua cabeça” que causa tanto sofrimento autoconcebido.[24]
    • Exemplo: você já observou que quando você procrastina, a voz na sua cabeça diz algo do tipo “posso fazer isso depois” ou “você ainda tem tempo de sobra”, etc.? Quando você simplesmente observa a voz, mesmo que ela faça você procrastinar, você reconhecerá a sua disfuncionalidade, e a improdutividade da procrastinação, por causa da sua identificação inconsciente com a voz. É como coletar evidências (verdade) para confirmar a insanidade da “voz na sua cabeça”. É aí que o ego começa a dissolver-se e o pensamento (observado) separa-se da consciência (observador). Isso porque agora você vê a disfunção com mais clareza.
    • Da mesma maneira, quando você detectar uma resistência interna mental-emocional, apenas observe e deixe estar. Tenha a profunda compreensão de que a resistência não serve para nada e, na verdade, é disfuncional e mantém a situação indesejada e os padrões de pensamento no mesmo lugar. A resistência é um parasita e causa mais perturbação do que a causa original, a qual ela está resistindo.[25]
      • Observar a “voz na sua cabeça”, ou seja, a mente, também inclui observar ou detectar o desconforto psicológico por trás dela. Os anseios, impulsos, ruídos e pensamentos/reações não verbalizadas são formas de resistência do ego e são considerados normais, uma vez que as pessoas não têm consciência disso.
    • Observar não significa criticar, condenar ou ignorar a “voz na sua cabeça”. Seria como ouvir uma voz através da porta dos fundos. Isso significa também não tratar o ego como um obstáculo ou um inimigo. Novamente, você nunca conseguirá dissolver o inconsciente, brigando, tentando controlá-lo ou fugindo dele. Tudo o que você precisa fazer é trazê-lo para a luz da sua consciência. Em outras palavras, para dissolver o ego, não é preciso tentar ou agir, mas apenas manter-se alerta. Observe-o com imparcialidade e sem julgamentos.
      • Aqui está outra maneira de olhar para esse assunto: luta, resistência, reações, condenações, surgem em forma de pensamentos, emoções ou reações condicionadas. Você não é a sua mente. A verdadeira inteligência é sem forma e incondicionável.
    • Estar enraizado no “corpo interno” é essencial para estar presente e observar a sua mente. Caso contrário, a mente o levará como a correnteza de um rio. Quando você está enraizado no corpo interno, sua atenção é deslocada da sua mente.
  2. Transcenda o drama e o ciclo kármico. Observar o pensador (mente) também levará você a transcender para além do ciclo kármico. Isso porque, enquanto você estiver identificado com a mente, você será objeto do karma cíclico de ação e reação, bom e mau. As suas ações e palavras nascem do seu condicionamento mental que é baseado no passado. Entretanto, quando você simplesmente observa, uma dimensão de consciência diferente assume o lugar. Essa dimensão não é parte do pensamento ou do ciclo kármico. A “consciência” não tem um opositor e é por isso que estar atento e consciente, e não reativo, é algo tão poderoso. Essa é a paz da “consciência” a que Jesus se referiu quando disse “e que a paz do Senhor que supera todo o entendimento guarde suas mentes e seus corações”.
  3. Observe que a mente é baseada em resistência. Já reparou que quando você se sente triste, ansioso, ou tem qualquer outro sentimento negativo, existe sempre algo em você que chama por mais drama e mais pensamentos e emoções negativas? Você está olhando para o ego que garante sua sobrevivência com dor, estórias, drama e conflitos.
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    • "O ego pensa que ficando em um estado de negatividade e infelicidade (resistência), ele ganhará aquilo que deseja” — o curso dos milagres. Obviamente, isso é uma ilusão. Caso contrário, quem desejaria permanecer preso à infelicidade?[26]
    • Por que sua mente criaria a infelicidade (resistência) sem sequer acreditar nela? O fato é que a negatividade não funciona, claro. Ao invés de atrair uma condição desejável, a negatividade impede que ela chegue.[27] A resistência também alimenta o ego. Assim, é mais importante reconhecer e observar, ou permitir, os padrões de resistência mental-emocional do que pensar incessantemente.
  4. Observe a “talidade” e sinestesia.
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    • “Ela me rejeitou, sou feio e malsucedido”. “Por que está chovendo? Odeio esse tempo”. “Ele não teve sequer a decência de responder à minha mensagem”. “Estou sentindo uma inquietação, por que esse sentimento não vai embora?
    • Você conseguiria evitar mais estórias mentais e apenas ver a talidade do momento? Buddha chamou isso de Tathātā. A vida seria bem mais simples sem essas histórias mentais. [28]
    • “Não existe nada essencialmente bom ou ruim, o pensamento é que faz isso.” William Shakespeare.
    • Você não sente insegurança, raiva ou tristeza por causa de uma situação. Você sente a infelicidade por causa dos pensamentos automáticos ou histórias que aparecem em resposta a eles. Uma prática especial: observe a situação ou condição, assim como a reação mental-emocional que aparece em resposta a ela, ao invés de perder-se no evento e reagir, pensar ou resistir.
  5. Renuncie a todos os posicionamentos mentais. Posições mentais são como os pontos de vista, opiniões, dogmas, interpretações, etc. Pela sua própria natureza, eles são limitados e não passam de um emaranhado de palavras com as quais o ego identificou-se para obter uma sensação de “eu sei” ou “eu”. Isso tem causado separação e provocado sofrimentos autocriados para você mesmo e para os outros. Só o “espaço interno”, “consciência sem condicionamento” ou “presença” interna, pode proporcionar a perspectiva verdadeira ou resposta holística que está alinhada com a totalidade do universo.
    • Esteja consciente que o ego é muito perspicaz e procurará identificar-se com fatos e fazer deles posicionamento mentais. Por exemplo: o fato que a terra gira da direção oeste para leste pode tornar-se uma posição mental e, no caso de você discutir com alguém sobre isso, você poderia defender essa posição mental e não a verdade. Isso porque o fato, a verdade, não precisa de qualquer defesa.
    • Tente isso: na próxima vez que você sentir um impulso para reagir, argumentar, resistir ou defender uma posição mental, a qual nada mais é do que uma identificação com o pensamento, você conseguiria renunciar a tudo isso para ver o que acontece? Permitir que o “falso eu” seja diminuído e retirar a importância da sua identidade com a forma são práticas espirituais poderosas. Essa diminuição ou vulnerabilidade abre caminho para o seu verdadeiro “eu” poder brilhar.
    • "Apenas se tornando vulnerável você poderá descobrir a sua verdadeira e essencial invulnerabilidade” Eckhart Tolle.
    • Porém, isso não significa deixar-se ser abusado pelas pessoas ou aceitar maus comportamentos. Haverá momentos que você terá que dizer um Não não reativo, com segurança, ou ter uma atitude não reativa. Haverá um grande poder espiritual, quando a energia espiritual estiver por trás de suas palavras. A não resistência abre caminho para o maior poder do universo, ou seja, a inteligência.
  6. Assuma a responsabilidade pelo seu estado interno neste momento. “O mundo só pode mudar de dentro para fora”.(Eckhart Tolle). O que nós vemos externamente (obras do homem) é o resultado do que foi pensado uma vez. Toda a ideia criativa vem do reino do consciente, assume a forma de pensamento e transforma-se na forma material. A mente é o instrumento através do qual essa ideia é materializada. Quando a sua psiquê está poluída, isto é, completamente identificada com sua mente, a materialização também será poluída.[29]
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    • Em um nível mais interno, quando sua mente resiste ao “o que é”, a negatividade prospera. Isso polui o seu belo e radiante “ser” ou “espaço interno”, e essa poluição, é o que é visto pelo mundo externo, onde habitamos.[30] O mundo é apenas uma reflexão do seu estado externo. A resistência também é a causa do escape da energia vital, a qual poderia estar sendo usada para resolver a situação-problema e não para lutar contra ela.
    • “A poluição do planeta é apenas um reflexo externo da poluição psíquica interna: milhões de indivíduos inconscientes não se responsabilizando por seu espaço interno.” (Eckhart Tolle)
    • Assumir a responsabilidade pelo seu espaço interno irá rapidamente fazer com que você transforme a sua vida. O seu espaço interno é a única coisa pela qual você é o único responsável.[31]

[editar]Desidentificando e transmutando o corpo da dor

  1. Entenda o que o termo “corpo da dor” significa. Você já reparou o peso que você sente em seu corpo, normalmente disparado por algum evento doloroso ou muito intenso? Uma nuvem negra, uma “entidade parasita” no seu peito, no seu estômago. Esse peso consiste em emoções negativas de frequências similares que tomam lugar, atraem situações negativas para sua vida, esgotam sua energia, causam um sofrimento mental-emocional e, inclusive, podem fazê-lo atacar os outros física e verbalmente.[32][33] Isso é o corpo da dor, uma das coisas mais poderosas com a qual o ego se pode identificar-se.[34]. Assim, ele tem um poder muito grande para induzi-lo a fazer e falar coisas que você comumente não faz e fala. Isso por você estar inconsciente. Pessoas normais podem cometer crimes hediondos durante ataques de fúria.
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    • Emoções são reflexões da mente expressas no corpo. Quando o corpo da dor é ativado, ele faz você pensar negativamente através de emoções negativas. O corpo da dor é alimentado por pensamentos negativos. Pensamentos positivos não podem ser digeridos por ele.
    • Toda vez que você reconhece e presencia essa aliança profana entre o ego e o corpo da dor, ele perde sua energia e procura por uma nova oportunidade, quando você estiver menos consciente. A identificação inconsciente e a resistência ao corpo da dor alimentam o ego.[35] Dessa forma, uma prática muito efetiva é capturar o corpo da dar antes que o ego o capture.
    • Não há como passar por cima da dor. O único caminho é passar pela dor. Coloque sua atenção nas profundezas da sua dor, ou apenas a sinta, e não pense sobre ela. Em outras palavras, traga a dor para a luz da sua consciência ou aceite-a, ao invés de lutar, tentar controlá-la ou fugir dela. No caso de “colocar sua atenção” ou “sentir a dor profundamente” serem interpretados como apego ou um duelo com o corpo da dor, você poderá deslocar sua atenção do corpo da dor para o seu campo de energia interno, o que parecer mais natural para você. Respire, sinta o que você percebe ou alguma atividade construtiva, especialmente quando o corpo da dor estiver na iminência de ser ativado. Caso não seja possível, aceite a talidade do presente momento, permitindo-o que esteja lá ou retire-se da situação.
    • Torne-se amigável ao seu corpo da dor e não resista a ele. O corpo da dor é um nobre professor e um combustível para transformá-lo para a consciência, como carvão que se queima e libera calor e luz.
    • “O que aconteceria com a infelicidade caso ser infeliz não o incomodasse?” Eckhart Tolle. Leia o artigo How to Stay Rooted in Being para aprofundar-se.
    • Você pode expressar ou descrever a “sinestesia” de como o corpo da dor sente-se, mas não o deixe aparecer e transformar-se em um pensamento.[36] Assim torna-se necessário um intenso estado de alerta para isso.
    • Quando você tornar-se inconsciente, ou seja, identificado com o pensamento e emoções (ou com o corpo da dor), a culpa poderá aparecer. Observe e deixe estar. A culpa é outra estratégia perspicaz do ego para garantir a sua identificação com ele. A identificação com o sentimento de culpa significa o ego entrando pela porta dos fundos. Perdoe-se e comece de novo do agora. Não acrescente outra camada de negatividade ou dor resistindo ao “o que é” ou sentindo-se culpado.
    • Enquanto o corpo da dor não for reconhecido como impessoal, ele tomará conta de você de novo e de novo. É essencial dissolver o corpo da dor para livrar-se do ego, já que eles precisam um do outro.

[editar]Não ofereça resistência

  1. Aceite o que é. A maneira mais natural de viver é aceitar completamente o presente momento como ele é. Isto é, não ofereça resistência à vida, que é o agora. Existe um ditado Zen que diz “tudo o que vem, vai”. Então, aceite o que aparece para você neste presente momento como se fosse sua escolha.[37] Por exemplo, aceite as pessoas ao seu redor, seus hábitos (ruins ou bons), sua aparência física, seus pensamentos, a talidade do corpo da dor, o local onde você está e tudo mais que possa surgir. Aceite fundamentalmente qualquer forma que “este momento” apresente, sem adicionar julgamentos ou taxações mentais porque isso é "o que é". É quando você pode enxergar melhor a ação o momento exige.
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    • Traga a aceitação interna à tona, caso a aceitação da forma externa não seja possível. Isso significa dizer um “sim interno” ao presente momento. Não importa o que você faça ou diga externamente, desde que haja um alinhamento com a parte interna. O que significa dizer um “sim interno”?
    • Isso significa dizer sim aos pensamentos, reações e emoções que surgem em resposta às situações, pessoas, outros pensamentos e emoções. Isso acontece aceitando, observando, estando consciente ou dando a eles plena atenção, mas sem seguí-los. Pensamentos e emoções criam mais e mais problemas.[38] Quando existe uma verdadeira aceitação interna, você se liberta de milhares de anos de condicionamento porque uma resposta inteligente virá de uma inteligência infinita “consciente e descondicionada”, e não de uma mente limitada.
    • Quando você precisar dizer um Não externamente, esse será um não de alta qualidade e não um Não condicionado. Experimente para aprender. Recuse-se a seguir certos pensamentos (incluindo os pré-verbalizados e as reações) e veja o resultado. Lembre-se, é preciso sempre haver uma aceitação interna, um sim interno. O sofrimento sempre virá devido a algumas formas de não aceitação a “o que é”.
    • Quando você estiver completamente alinhado com os acontecimentos, você e a vida serão um só. As circunstâncias ou condições perdem o poder frente a seu estado de consciência. Do mesmo jeito que o fundo de um lago permanece inalterado, não importando a tempestade. O milagre acontece quando você está em um alinhamento interno com “o que é”. Circunstâncias externas e condições internas, como doenças e dores, tendem a melhorar bastante sem muito esforço da sua parte. Eventos sincrônicos e favoráveis, além de grandes chances, aparecem com mais frequência.
    • Não sendo possível simplesmente aceitar, “aceite que você não pode aceitar”. Retire-se da situação, caso seja possível. Qualquer outra coisa é loucura.
  2. Faça do momento presente o seu melhor amigo. O eterno presente momento é o seu melhor amigo porque é o único tempo onde você tem acesso ao grande poder no universo. Isso porque o momento presente não pode ser separado da vida. De outra maneira, quando você trata o momento como um “meio para um fim”, um obstáculo ou um inimigo, você começa a ter problemas. Compreenda que você não pode escapar, nunca escapou e nunca escapará do momento presente.[39] Já que não há escape do “agora”, por que não se tornar amigo dele? Aí você verá como a vida funciona com você. Passado e futuro serão nada mais do que pensamentos que você tem “agora”.
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    • O que é o “agora”? O espaço atemporal da consciência onde as formas, incluindo essas palavras, e eventos vem e vão.[40] Leia o artigo viver no presente para aprofundar-se.
    • “Esteja no centro do círculo e deixe que tudo caia em seu lugar” (Tao Te Ching). O que é o centro do círculo? O espaço do momento presente.
  3. Perdoe. Perdoe-se e perdoe o outro por ter sido inconsciente, ou seja, identificado com sua mente. Caso contrário, você não estará apenas confundindo as identidades das pessoas e a sua com rotulações e julgamentos mentais, mas também estará segurando um peso psicológico de culpa e ressentimento. Se você pudesse entender que nós todos sofremos da mesma disfunção impessoal coletiva, ou seja, a inconsciência humana, o grande perpetrador do mal nesse mundo, você perdoaria mais facilmente. Como você poderia ficar ressentido com alguém doente? Jesus disse: “Perdoe-os. Eles não sabem o que fazem”: isso também serve para você.[41]
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    • Perdoar, o que também significa deixar de lado a história, a narrativa e os rótulos, torna-se mais fácil quando você realmente entende que nada que você ou qualquer outra pessoa fez pode atingir o que você é na essência.
    • Esteja atento para que o perdão não se converta em um conceito mental. O verdadeiro perdão não é um conceito.[42] Leia o artigo ”Viver no presente” para aprender mais sobre isso.
    • Quando você verdadeiramente perdoa você mesmo e os outros, você toma de volta o poder que sua mente retirou de você. A mente não perdoa, só você pode fazer isso. Isso não significa deixar-se ser atacado ou abusado, ou mesmo continuar a conviver com pessoas apenas porque precisa perdoá-las. O perdão é um fenômeno interno, ele ajuda a dissolver o fardo da bagagem psicológica (e o "karma”) que você carrega em sua psiquê. Isso é a verdadeira liberdade.
  4. Entregue-se."Entregar-se significa o simples, mas profundo, entendimento de ceder ao invés de opor-se ao fluxo da vida” (Eckhart Tolle em “O poder do agora”). Em outras palavras, entregar-se, ou render-se, é a aceitação interna de “o que é”, sem reservas.[43] É altamente recomendado que você leia "Viver no presente" para entender mais sobre isso.
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    • Não interprete de forma errada o significado de render-se. Por exemplo, você tem uma enfermidade e diz “tudo bem, eu me rendo a essa enfermidade”, isso não é render-se. Render-se ou entregar-se não significa ceder para as situações da vida, para uma ideia, uma doença ou uma história. De qualquer forma, tudo isso não funcionaria. O verdadeiro significado é ceder ao que quer que surja, isto é, pensamentos, emoções, reações, pessoas, dores, pressões da vida, etc., no pequenino segmento da vida chamado agora. Caso contrário, o ego continuará a sobreviver sob o conceito de render-se.
    • Pergunte a você mesmo: “qual é o meu problema neste momento?” Você está lendo isso agora. Mesmo que você esteja sofrendo em uma situação terminal, neste momento essa condição não é mais que uma pressão, dor física, queimação, tensão, enfim, um sintoma que você sente em alguma parte do seu corpo. É a isso que você irá render-se e não à condição ou à história emocional dessa doença que diz algo do tipo “tenho uma doença terminal. A vida tem sido muito dura comigo.” Não há sofrimento no Agora porque não há problemas no agora. O sofrimento precisa de tempo e de uma história criada pela mente. Faça do agora o foco da sua vida, mesmo porque esse é o único tempo que existe.
    • O ego adora identificar-se com rótulos, histórias, problemas, reclamações, reações, etc. De fato, o ego não quer que os problemas tenham um fim porque eles conferem a ele uma falsa sensação de “eu”. Quem é você sem esses problemas?
    • “O que está faltando neste momento?” dito Zen.
    • A rendição acontece naturalmente quando você renega o “estado de guerra interno”, a resistência e a disposição ao sofrimento porque você enxerga a futilidade e o sofrimento na resistência. Você cede porque você não pode mais suportar a dor e nem o sofrimento psicológico. A frase Bíblica “seja feita a sua vontade, não a Minha”, aponta para essa verdade.
    • Apenas uma pessoa rendida possui poder espiritual. Consequentemente, há uma grande força em render-se, e isso é perfeitamente compatível com a ação.[44] Assim, render-se ao “o que é” é a prática espiritual mais poderosa para acabar com o sofrimento e entender quem você realmente é, por trás de um nome e uma forma. Não obstante, todas as práticas espirituais levam à rendição.
    • Quando você verdadeiramente entender que a resistência é fútil e louca, a paz emergirá de você. Está é a paz de “Deus”, que ultrapassa todo o entendimento. [45]

[editar]Estar presente

  1. Mova-se para dentro do “agora”. A mente anseia sair da simplicidade do presente momento, ou consciente, pois ela não pode suportá-lo.[46] Quanto mais você pratica estar no presente, mais a sua mente fará tudo o possível para tirar sua atenção de lá. Isso porque o momento presente é a sua morte. Aqui estão algumas práticas sem estrutura para ajudá-lo a ancorar-se no presente. Experimente-as para ver quais delas serão mais naturais e fáceis para você.
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    • Você consegue aceitar ou tornar-se consciente do agora?
    • Você consegue aceitar os pensamentos, emoções e reações?
    • Você consegue sentir o avivamento ou campo de energia interno em seu corpo?[47]
    • Você consegue tornar-se consciente das sensações a partir do seu senso de percepção? Dos seus batimentos cardíacos? Da sua rendição? Da sensação de estar sendo tocado pelo lugar onde você está sentado agora? Dos objetos à sua volta? Dos sons?
    • Você consegue tornar-se consciente da sua respiração?
    • Você consegue tornar-se consciente da “consciência”'? Para mais informações, leia sobre como praticar a meditação da “Roda da Consciência".
  2. Reconheça que “você” é consciência. Você consegue tornar-se consciente do espaço onde os pensamentos, emoções, reações, sensações, imagens e sons vêm e vão? Você é aquele espaço de “não pensamento” e consciência[48] Aqui está mais uma direção: quem está consciente da sensação de fome no seu corpo? Quem conhece ou enxerga a infelicidade, ou inquietude em você? Quem está consciente dos pensamentos e formas que vêm e vão? É o sempre presente ”eu”, o experimentador, sem o qual não haveria experiência. Tudo bem se você não conseguiu chegar a esse nível ainda. Sua mente deve estar reagindo com pensamentos do tipo “este artigo é estúpido”, “sou um perdedor”, “eu não consigo parar de pensar”, “esse autor é um idiota”, etc. Isso não é você. É a sua mente, em seu modo de resistência habitual, reagindo a essas direções. Não confira realidade a ela, apenas permita a mente “ser”. Sua presença é mais que capaz de dissolver o seu “eu fantasma” que finge ser você. Leia sobre como praticar a Roda da Consciência para aprofundar-se mais.
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    • Uma vez que algo profundo em você respondeu a essas palavras, o processo de despertamento já começou. Não leia apenas com sua mente, mas preste atenção nas suas respostas mais profundas. Agora que você sabe sobre essa disfunção básica, ou seja, sobre a identificação com a mente, então não existe nada mais para você entender antes de ser livre do ego.
    • É bem possível que no futuro a mente, ou corpo da dor, tente assumir e empurrar você para um estado de sofrimento, desespero e inconsciência. Lembre-se, o sofrimento pode empurrar você para mais fundo ao inconsciente ou torná-lo um grande professor para a iluminação. Esteja consciente. Esteja presente. Reconheça verdadeiramente que o sofrimento tem um propósito nobre.
    • De acordo com um provérbio Budista, “Todo o sofrimento é ilusão.” Isso é verdade, a questão é: isso é verdade para você?[49] Você está realmente farto de dores e pensamentos que o levam ao sofrimento?[50] Você está preparado para despertar?

[editar]Envolva-se em práticas para dissolver o ego

  1. Escute. Quando você verdadeiramente escuta, um espaço de conhecimento seguro abriga tanto quem percebe, como quem é percebido, e conecta você com os outros em um nível muito mais profundo do que os movimentos e pensamentos. Nesse espaço não existe “outro”. Escute com todo o seu ser porque isso é essencial para verdadeira escuta e para estar presente.
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    • Experimente. Quando você encontra alguém reclamando sobre a vida, ou murmurando sobre tudo, apenas o escute sem nenhum julgamento ou interpretação mental. Você abriga a frequência da “presença” intensa e alerta. Olhe através e não diretamente para o ego dessas pessoas. Quando você olha diretamente para o ego de alguém, é o seu ego quem está olhando. Quando você olha através do ego, é a sua consciência que está olhando para ela mesma porque, em essência, nós somos parte de “uma só vida”.
    • Não confirme a história reagindo ou concordando, não importa o quanto ela seja triste ou grandiosa. Ao invés disso, dê à pessoa a sua completa atenção, um espaço para existir. Isso pode trazer à tona a sanidade dessas pessoas e você pode até ser testemunha do entendimento da insignificância e irrelevância de suas estórias e problemas.
    • Quando as pessoas reclamam é ego que está reclamando através delas. O ego quer reações, conflitos, drama, inimigos para criar mais sofrimento e reforçar o senso ilusório do “eu”.[51][52] Acolha essas pessoas com o amor de sua consciência, sem qualquer julgamento e nem permitindo que essas histórias se tornem verdadeiras. Em outras palavras, renuncie a todas as posições mentais ou julgamentos e esteja apenas como uma presença.
    • Da mesma maneira, a sua própria mente reclama com você e espera por suas reações. Assim, escute e olhe através da sua mente, o que nada mais é do que observar a mente. Percebeu a interconexão? Da maneira como você fizer com os outros, faça com você mesmo. Quando você olha através do ego de outras pessoas, você naturalmente vai mais fundo dentro de você mesmo e vice-versa. É por isso que ouvimos que a interação humana pode ser uma grande prática espiritual. Leia mais sobre isso.
    • "Você conseguiria estar com alguém apenas como um espaço para essa pessoa? Eu diria que este é o maior presente que você pode dar a alguém”(Eckhart Tolle).
    • A arte de ouvir é essencial para um relacionamento profundo.
  2. Esteja alerta a padrões mentais não observados e traga-os à luz da sua consciência. Pensamentos podem ser escorregadios, rápidos e podem passar pela cabeça em um milésimo de segundo, especialmente pensamentos e reações pré-verbalizados. Entretanto, eles têm um grande poder de manipular você como um brinquedinho. Dessa forma, um alto grau de atenção é requerido para fazê-los conscientes.[53] Uma prática interessante consiste em escrever pensamentos recorrentes, negativos e persistentes. Escrever pode trazer os pensamentos mais profundos para a luz da sua consciência. Além disso, você dá atenção ao pensamento e atenção significa aceitação.[54]
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    • É claro, escrever milhares de pensamentos e reações pode ser bem desanimador. Por isso, use apenas alguns minutos para fazer isso diariamente. Você pode fazer disso uma parte da sua meditação, uma vez que ajudará você a clarear a sua mente, o que permite que você vá mais fundo dentro dela. Alternativamente, você pode verbalizar os seus pensamentos. Isso significa falar e perguntar quais são seus sentimentos e os seus padrões mentais mais arraigados (suposições não faladas ou reações). Além do mais, esses padrões e sentimentos apareceram “agora”, então traga-os para a luz da sua consciência. Porém, esteja atento que existe um senso de não identificação dos pensamentos. Ajudará bastante manter-se atento ao seu corpo interno e respirar ou sentir as suas percepções enquanto você verbaliza. Leia o artigo ”Viver no presente”.
  3. Use suas memórias para aprender e tornar-se mais alerta. Use suas lembranças para aprender e não para o sofrimento psicológico. Elas podem ajudar você a enxergar a semelhança e tornar-se mais atento dos seus padrões inconscientes ou erros, sem ter que satisfazê-los repetidamente.
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    • Memórias são como observar você mesmo, da mesma forma que um jogador assiste a ele mesmo no VT de um jogo. Você está assistindo de um ambiente mais confortável, menos estimulado e mais atento. Ter uma boa memória pode ajudá-lo a atentar-se mais aos erros e a aprender com eles. Então, não cometa o mesmo erro novamente!
    • Preste atenção. A mente não falsifica as memórias; desta forma, esteja alerta e seja honesto.[55].
  4. Permita. Quando você sentir que está resistindo ao “o que é” ou ao que quer que apareça em suas memórias, diga “eu permito”, “eu aceito”, “eu perdoo”, “eu me rendo” ou “eu cedo”. Isso será ainda mais efetivo com sincronizando a sua respiração com essas frases.
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    • “Aceite que você não pode aceitar” ou tome uma atitude imediatamente, caso você não consiga aceitar.[56] Uma vez que a transformação interna já o envolveu, não há mais nada que você possa fazer sobre isso. Apenas permita que ela aconteça praticando o “estar presente”.
    • Perceba que, mesmo quando você diz “eu permito” ou “eu perdoo”, isso são apenas pensamentos ou direções. O que traz a aceitação e a transcendência é a direção para onde o pensamento está apontando, e não o pensamento. Caso contrário, você permanecerá agarrado nas paredes dos conceitos e pensamentos. Essas palavras não estão dizendo “olhe para mim”, mas “olhe além de mim”.[57] Novamente, a verdade está além das palavras e formas.
    • Quando você observar padrões resistentes ou egoicos em você, ou nos outros, não resista ou lute consigo mesmo. Fazendo isso você alimenta ainda mais o ego e o mantém no mesmo lugar. Simplesmente esteja atento e permita que o ego manifeste-se ou então desloque sua atenção para longe das suas reações e traga-a para o presente momento. Qualquer prática parecerá mais natural no “presente”. Quando você simplesmente permite, ou seja, não resiste, os padrões egoicos naturalmente dissolverão, e a paz e alegria de “ser” emanarão do seu “eu” interno. Isso é a paz e alegria de Deus; infinitamente maior do que qualquer prazer que o mundo possa oferecer. Quando você permanece nesse estado, as circunstâncias e situações tendem a melhorar grandemente, mesmo sem um esforço da sua parte.
  5. Assista às reações egoicas. Você já reparou na sua mente quando ela experimenta um estímulo indesejado? Ela reage, resiste, suprime ou cria alguma irritação? Por que a mente faz isso? Porque ela carrega uma crença inconsciente de que a negatividade, a infelicidade, o descontentamento sentido por você irão, de alguma forma, dissolver a condição indesejável.[58] Isso, obviamente, é uma ilusão. A resistência criada pela mente, a irritação, raiva ou descontentamento, é muito mais perturbadora do que a causa original que é o que precisa ser dissolvido. Esses sentimentos podem parecer ser a causa do sofrimento, mas, se você olhar para dentro de você, verá que eles são apenas uma resistência automática mental-emocional.
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    • “A grande dificuldade é a resistência mental às coisas que aparecem e a suposição implícita de que elas não deveriam aparecer.” (Eckhart Tolle).
    • Resistir ao “o que é” não é diferente que repetir uma mesma ação muitas e muitas vezes esperando resultados diferentes. O que também é a definição de Einstein para a insanidade: “a definição de insanidade é fazer a mesma coisa várias vezes, mas esperando resultados diferentes.”
    • Para lidar com a resistência mental, esteja lá, mas como um observador distante (“o conhecedor”), presenciando e permitindo “o que é”. Você também pode imediatamente desviar a atenção dos seus pensamentos, reações e emoções para o que o ancora no momento presente como o seu corpo interno ou sensações e percepções do agora. Não sendo possível, aceite que você não pode aceitar ou remova você mesmo da situação. Todas as práticas parecem mais fáceis e naturais no momento presente. Você encontrará mais práticas objetivas neste artigo.
  6. Observe as reações físicas. Você já notou que quando uma reação egoica (mental/emocional) ocorre, ela causa também reações físicas apresentadas como uma pressão, contração ou aperto na cabeça, no coração, corpo e músculos faciais? Esse movimento é a resposta do corpo a uma reação egoica.[59] Quanto mais forte for a reação, mais tenso ficará o seru corpo, cabeça e face.
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    • Enquanto você observa os seus pensamentos e emoções, observe também suas respostas físicas. Ao tornar-se ciente das reações físicas ou emocionais, você reconhece mais as reações mentais, especialmente as pré-verbalizadas e inconscientes. Por exemplo: o corpo pode responder a padrões de ansiedade, mesmo antes de começar a pensar, na forma de pernas agitadas, inquietação, aperto no peito, morder de lábios, etc.[60]
    • Mesmo as mais imperceptíveis reações físicas ou mentais-emocionais precisam ser detectadas, caso contrário elas continuarão descontroladas e guiando a sua vida. Assim, faz-se necessário estar sempre alerta. Para manter-se alerta tente detectar as reações físicas no seu coração, língua, do lado esquerdo do seu rosto, na sua mandíbula e no seu couro cabeludo. É parecem tentar controlar o seu pensamento ou desejando mudar a situação.
  7. Liberte-se todos os conceitos. Você reparou a interpretação que sua mente fez depois de ler frases como “observe o seu eu interno”, “aceite o que ele é”, dentre outras nesse artigo? Sua mente deve ter questionado: “como posso observar o meu eu interior?” ou “o que significa observar o meu eu interior?” As respostas mentais a essas perguntas podem tornar-se a sua definição de cada uma delas e o ego terá encontrado um novo conceito ou definição de “observar o seu eu interior”, para identificar-se com ele.[61] A mente tem uma necessidade compulsiva de conceitualizar as suas experiências e sentimentos porque essa é a sua linguagem. Essa é outra razão pela qual conceitos (pensamentos) e emoções são familiares, e a sua mente se agarrará ao conhecido. Como dizem, o que é desconhecido é perigoso. É por isso que a mente dominada pelo ego ignora e despreza o momento presente.
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    • Você tem certeza que sabe o que significa “observar”? Conceitos e conselhos podem ser parte da sua jornada espiritual, mas entenda que eles nada mais são do que trampolins que devem ser abandonados o mais rápido possível e nunca encarados como verdade absoluta.[62] Novamente, o pensamento, devido à sua natureza limitada, apenas consegue mostrar a você uma verdade relativa. Na sua jornada espiritual, os conceitos atuais podem ser substituídos por conceitos mais úteis de natureza mais espiritual, explicações ou informações. Entretanto, esses novos conceitos ainda serão um monte de palavras e, por isso, são naturalmente limitadores e podem ser um grande obstáculo se usados como “muletas” mentais.
    • A verdadeira inteligência é holística, invisível e não pode ser condicionada. É a paz e quietude dentro de você.
    • “Você poderia afastar-se da sua mente para entender todas as coisas" (Tao Te Ching).
  8. Medite. Isso pode parecer um clichê, mas meditar significa estar presente e você pode estar presente enquanto executa uma tarefa, interage com alguém e mesmo quanto está pensando. Essencialmente, não é necessário tentar fazer alguma coisa para meditar. Você apenas precisa manter parte da sua atenção no agora. Assim, a meditação não necessariamente exige que você pare todas as suas atividades e dedique-se exclusivamente a ela. Tente algumas práticas de meditação sem estrutura definida.
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    • Esteja atento à sua respiração. A simples observação da sua respiração descontinua o fluxo de pensamentos. Preste atenção no fluxo de ar, no intervalo entre os ciclos de inspiração e expiração, no movimento do abdome cheio de ar, e assim por diante.
    • Seja a testemunha dos seus pensamentos e emoções. Nós já falamos sobre isso antes.
    • Tome consciência do seu interior. Você consegue sentir que o seu corpo está vivo e cheio de vida? Você consegue sentir a energia em suas mãos, ombros, pernas, lábios, pescoço, dedos, pelve, abdome e em todo o seu corpo? Isso é a vida, isso é quem é você.
    • Tome consciência das percepções sensoriais. Você consegue apenas olhar, saborear, ouvir e tocar sem qualquer comentário mental?
    • Você pode ter consciência e permanecer firme no momento presente enquanto faz tarefas domésticas, caminha, durante o trabalho, no intervalo do trabalho, dirigindo, etc., sem ter sempre que dedicar um tempo a esse processo.

[editar]Dicas

  • Você não é os seus pensamentos ou emoções, mas você é aquele permite que eles existam.
  • Não tente se tornar mais consciente ou tente reconhecer o ego. Não tente controlar ou forçar você mesmo a não pensar e tornar-se consciente. Isso porque tentar, forçar ou controlar implica que você está agarrado ao campo do pensamento e da mente condicionada. Isso não funciona. Novamente, os problemas da mente não podem ser resolvidos no nível da mente. Apenas a consciência, que é a inteligência, pode dissolver as disfunções do ego.[63]
  • Estar no estado consciente já é o suficiente. O estado de consciência irá aprofundar-se e, eventualmente, irá levá-lo além do pensamento.
  • Deve haver um certo nível de consciência para que você reconheça ou perceba a natureza disfuncional e resistiva da mente.
  • Quanto mais você se torna uma testemunha da sua mente, mais o seu grau de consciência, ou “presença” aprofunda.
  • Até o momento, nossa evolução tem sido inconsciente. Esse é um tempo revolucionário de significância cósmica, onde os seres humanos estão além do seu pensamento, graças ao ambiente propício ao despertar em larga escala. Melhor dizendo, o consciente está acordando do sonho da forma.
  • No começo ou durante o período de transição, você pode usar algum método, uma prática, ler livros espirituais ou estar na companhia do seu mentor espiritual. Mas, esteja sempre atento para que nenhum método ou mentor espiritual seja uma “muleta” para você. Sua presença invisível e sem forma é o principal professor e o agente mais importante para a sua transformação interna. Atenção: você e sua presença são um só. O que cria a dualidade é apenas a limitação das estruturas de linguagem e pensamento.
  • Não se compare com ninguém. Isso é outra estratégia do ego para manter você identificado com ele. Julgamentos e comparações, ou o que quer que isso seja, são sempre em forma de pensamentos e emoções. E você não é a sua mente.
  • Faça perguntas desse tipo a você mesmo, como frequência: “quem sou eu?”; “o meu estado de consciência está criando sofrimento para mim e para os outros?”; “o que está faltando agora?”; “eu sou esses pensamentos e reações do meu corpo?”; “o que está acontecendo neste momento dentro de mim?”.
  • Aqui está um indicativo do pensamento vindo do ego ou dos seus próprios pensamentos mais profundos: pensamentos e ações com um poder espiritual são criativos originais e inteligentes. E mais, nunca causam sofrimento. As ações e os pensamentos do ego surgem da negatividade e condicionamento, e são enquadrados na lei das polaridades, a qual assume que nada pode existir sem seu oposto. Por exemplo, o pensamento “eu sou o melhor” pode, rapidamente, transformar-se em “sou péssimo”.

[editar]Referências

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