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Como Diferenciar a Amidalite Viral e a Bacteriana

A amidalite, uma inflamação das amídalas, é uma causa comum de dor na garganta, em especial nas crianças e adolescentes.[1] Geralmente, o problema é causado por um vírus e melhora sozinho após alguns dias, mas em 15 a 30% dos casos, a infecção é bacteriana e exige tratamento com antibióticos.[2] Não há como saber verdadeiramente se a amidalite é bacteriana ou viral sem uma análise médica, portanto, conhecer os sintomas mais comuns em cada um pode ajudá-lo a reconhecer quando deve procurar um médico para realizar o tratamento.

editarPassos

editarIdentificando sintomas virais comuns

  1. A presença de coriza nasal é um sintoma viral, assim como o entupimento das vias aéreas. Uma sensação geral de mal-estar e febre poderão surgir nas infecções bacterianas e virais, mas a febre não atinge níveis tão elevados em casos virais (no máximo 38 °C, ao contrário de 38,9 °C da forma bacteriana).[3]
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  2. A contaminação viral pode ser responsável pela tosse. Na verdade, ela pode ocorrer em ambos os casos, mas a tosse e a voz rouca estão geralmente associadas a doenças virais, que surgem também na laringite, um problema viral que acompanha a amidalite.[4]
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  3. Verifique se há melhora após quatro dias. A amidalite ocorre devido a um vírus que começa a desaparecer ou some completamente após três ou quatro dias; caso comece a se sentir melhor após esse período, provavelmente era uma infecção viral passageira. A forma bacteriana é muito mais persistente e às vezes melhora apenas com tratamento médico.[5]
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    • É importante consultar um médico ao perceber que não há melhora dos sintomas após quatro dias. A amidalite pode ser bacteriana e deve ser tratada com antibióticos.
    • Até mesmo a amidalite viral perdura por até duas semanas, em certos casos. Portanto, o tempo que a doença está presente não determina se o problema é bacteriano ou viral.[6]
  4. Faça exames para detectar a presença do Vírus Epstein-Barr (VEB) em caso de fadiga constante. O VEB é o responsável para mononucleose, uma causa comum de amidalite em crianças e adolescentes, podendo perdurar por semanas. Ela está associada com dores de garganta, cansaço, febre, nódulos linfáticos inchados nas axilas e no pescoço, dor de cabeça e amidalite.[7]
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    • A mononucleose deve passar sozinha e não precisa de tratamento, mas é importante obter um diagnóstico, o que pode ser feito através de um simples exame de sangue.
  5. Analise o “céu da boca” para saber se há pontinhos vermelhos com irritação no local. Abra bem a boca e verifique a região com a ajuda de um espelho; os pontinhos podem indicar mononucleose.[8]
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    • A condição pode ocorrer com ou sem a presença de irritação na pele.
    • Enquanto analisa a boca, veja se há uma membrana cinza cobrindo as amídalas; este problema é outro sinal de mononucleose.[9]
  6. Apalpe a região sobre o baço para verificar se há sensibilidade. Com cuidado, passe a mão sobre o baço (embaixo da caixa torácica, sobre o estômago, no lado esquerdo do tronco); ele pode estar aumentado na mononucleose, além de sensível. Apalpe com bastante cuidado, já que há chance de ruptura quando o órgão está inchado.[10]
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editarIdentificando complicações da amidalite bacteriana

  1. Verifique se há pontos brancos nas amídalas, as glândulas que ficam no fundo da boca e em ambos os lados da garganta. Quando o problema é bacteriano, pode haver pequenos pontos brancos, cheios de pus, nas amidalas.[11] Abra bem a boca e observe-a no espelho, verificando o tecido nas duas laterais da garganta. Se estiver difícil de ver, peça para que outra pessoa olhe com uma lanterninha.
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    • É normal que as amídalas adquiram uma aparência vermelha e inchada nas duas formas da doença, mas os pontos brancos de pus são mais comuns na contaminação bacteriana.
  2. Apalpe o pescoço para verificar se há nódulos linfáticos inchados. Com os dedos indicador e médio, pressione cuidadosamente os dois lados do pescoço, a garganta (a região embaixo do queixo) e atrás dos ouvidos. Perceba se há um caroço duro ou sensível, mais ou menos do tamanho da unha do dedo mínimo; ao encontrar, pode ser sinal de um nódulo linfático inchado. Eles podem aumentar de tamanho sempre que o corpo estiver combatendo uma infecção, mas a condição é mais comum nas formas bacterianas.[12]
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  3. Infecções auriculares sinalizam a presença de bactérias. Em certos casos, elas vão da garganta para o fluido do ouvido médio, infeccionando o local (otite média).[13] Dor em um ouvido, dificuldade de audição, problemas de equilíbrio, corrimento em um ouvido e febre são alguns dos sintomas possíveis.[14]
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  4. Fique atento aos abcessos nas amídalas. O abscesso peritonsilar (ou periamigdalino) é um indício conclusivo de amidalite bacteriana; o abscesso é um acúmulo de pus que ocorre em um dos lados, entre a amídala e a parede da garganta. Fique atento aos seguintes sintomas, que podem indicar um abscesso peritonsilar, e vá ao hospital o quanto antes:[15]
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    • Dor de garganta que piora em um dos lados.
    • Dificuldade em deglutir.
    • Alteração na voz (chamada de voz nasal ou de batata quente, em que parece que a boca está cheia).
    • Inchaço nos nódulos linfáticos.
    • Inchaço vermelho e grande em uma das amídalas.
    • Dificuldade em abrir a boca.
    • Hálito desagradável, que não estava presente anteriormente.
    • A úvula (a “campainha” no fundo da garganta) pode adquirir um aspecto de que está sendo empurrada para o lado sem inchaço, não ficando mais no meio da garganta.
  5. Verifique se há alguma mancha ou irritação na pele. Algumas complicações da amidalite bacteriana são escarlatina e febre reumática, mas que geralmente só ocorrem se a contaminação não for tratada. As duas infecções levam, em certos casos, ao surgimento de manchas e irritação na pele; se perceber que esses sinais surgiram durante um episódio de dor de garganta, provavelmente há infecção bacteriana. Vá ao hospital imediatamente.[16]
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    • A febre reumática também pode causar dor generalizada nas articulações.

editarObtendo um diagnóstico no otorrinolaringologista

  1. Faça um rápido exame no consultório médico. Ele pode ser realizado de forma ágil e prática através da coleta do material na garganta para detectar a presença da bactéria estreptococos, que causam problemas na garganta. No entanto, saiba que são exames nem sempre tão precisos, com resultados que não refletem a realidade em um terço dos casos.[17]
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    • É um bom exame inicial, mas a cultura do material na garganta é imprescindível para o diagnóstico preciso.
  2. Espere que a cultura retorne do laboratório para que o resultado seja mais preciso. Neste momento, o material coletado será analisado para determinar se há presença de bactérias nas amídalas; o otorrino, então, poderá prescrever os antibióticos corretos para tratar a infecção.[18]
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  3. Faça um exame de sangue para verificar se há mononucleose. Como a doença é viral, ela passará sozinha, mas pode ser detectada através de um hemograma; de qualquer forma, mantenha-se hidratado e descanse bastante. Ainda assim, é importante consultar um médico, já que a mononucleose pode fazer com que o baço inche e rompa ao realizar certos movimentos. O profissional explicará exatamente o que deve ser feito para manter o órgão seguro e melhorar.[19]
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editarDicas

  • A única maneira de diagnosticar com precisão a amidalite é através de uma coleta do material presente na garganta por um otorrinolaringologista.[20] As informações acima são apenas orientações gerais.
  • A amidalite é contagiosa; sempre lave bem as mãos e não compartilhe alimentos com ninguém doente. Se você estiver sofrendo de amidalite, tussa ou espirre em um lenço, lave as mãos com frequência e não vá para a escola ou trabalhe até que melhore.[21]
  • Como as crianças não sabem informar direito o que estão sentindo, preste atenção ao comportamento delas. Alguns sinais de amidalite são: recusar-se a comer ou estar inquieta (se for algo não comum para ela). Vá ao pronto-socorro se a criança estiver salivando, não conseguir respirar bem ou apresentar muita dificuldade em deglutir.[22]

editarAvisos

  • A amidalite bacteriana pode se desenvolver como complicação da forma viral da doença.
  • Se os sintomas forem graves o suficiente para interferir com sua capacidade de comer, beber ou respirar normalmente, vá imediatamente ao hospital.[23]

editarFontes e Citações


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