Como Consertar um Zíper Separado

Como Falar Seu Nome em Libras

Ao se comunicar com um membro da comunidade surda, uma das primeiras coisas que você deve fazer é se apresentar. No entanto, a língua de sinais universal raramente é utilizada e não é considerada um meio de comunicação prático tampouco confiável. Por isso, este artigo irá te ensinar como falar seu nome na Língua Brasileira de Sinais. É importante ressaltar que essas instruções não serão úteis na maioria dos outros países.

editarPassos

editarSe apresentando na língua de sinais

  1. Sinalize um "Oi". Forme um “0” com a mão e levante o dedo mindinho para cima, simultaneamente.
  2. Sinalize o "Meu". Com a mão direita, forme um “5” e toque levemente o peito na região central.
    Say Your Name in Sign Language Step 2 Version 3.jpg
    • Não aponte o dedo indicador em vez de manter a mão aberta, pois esse sinal se refere ao pronome pessoal “eu”. [1]
  3. Sinalize seu "Nome". Feche a mão e mantenha apenas os dedos indicador e médio levantados, com a palma para dentro. Faça um movimento horizontal linear da direita para a esquerda.
    Say Your Name in Sign Language Step 4 Version 3.jpg
  4. Soletre seu nome utilizando o alfabeto em Libras. Coloque a mão em uma posição visível e soletre em um ritmo constante. O mais importante é sinalizar as letras de forma compreensível.
    Say Your Name in Sign Language Step 5 Version 3.jpg
    • Faça o uso de pausas breves entre uma palavra e outra se você estiver soletrando seu nome completo;
    • Nas situações em que o nome tiver duas letras iguais em sequência, você deverá “abrir” e “fechar” sua mão para sinalizar ambas. Ou, ainda, fazer o sinal da segunda letra no lado oposto da primeira, sem mudar a configuração da mão.
  5. Junte as palavras. Sinalize a frase novamente: "Oi, meu nome _____". Mantenha os sinais nessa ordem.
    • O verbo “Ser/Estar” quase nunca é utilizado durante a conversação em Libras. [2] Portanto, não soletre “é” em uma frase.
  6. Demonstre seus sentimentos através da linguagem corporal. A expressão corporal e facial é extremamente importante na Libras. Deixar de adequar o corpo ao que se diz torna a conversa monótona e sem entonação.
    Say Your Name in Sign Language Step 6 Version 3.jpg
    • Quando estiver soletrando o seu nome, por exemplo, sorria para demonstrar simpatia. Utilize a expressão facial para dar entonação ao pronome “meu” quando for utilizá-lo. E, sempre faça contato visual com quem você estiver conversando.
  7. Revele seu sinal pessoal (opcional). Não é necessário utilizar esse sinal, que será abordado a seguir, em apresentações. Geralmente, você irá soletrar o seu nome quando estiver sendo apresentado formalmente a alguém. O sinal pessoal poderá ser utilizado em outro momento. Mas, se você estiver sendo apresentado casualmente, por um amigo em comum, você poderá dizer “Oi, meu nome (soletre), (sinal pessoal)”.

editarBatismo do sinal pessoal em libras

  1. Comece com a soletração. Uma vez que você não possui sinal pessoal, se apresente soletrando seu nome. Mas antes, aprenda o alfabeto em Libras por meio de vídeos online ou através do contato com pessoas da comunidade surda. Soletrar o seu nome é tão simples quanto escrever letra por letra. Pratique até que você seja capaz de sinalizar em um ritmo constante.
    • De maneira geral, a língua de sinais não é representada pelo alfabeto em si, ou seja, saber soletrar todas as palavras não é importante. A soletração é utilizada nas situações em que você precisa dizer um nome próprio ou qualquer outra palavra que não tenha um sinal específico;
    • Nas situações em que o nome próprio for curto e fácil de ser soletrado, esse será o provável sinal que representará a pessoa.
  2. Conheça o sinal pessoal. É uma palavra criada na Libras para representar uma determinada pessoa através de suas características. Um surdo pode designar um sinal quando sentir que você faz parte da comunidade.
    Say Your Name in Sign Language Step 9 Version 2.jpg
    • Esse sinal é simbolizado pela primeira letra do seu nome, de acordo com o alfabeto em Libras. Com essa configuração de mão você pode, por exemplo, tocar uma cicatriz em seu rosto. Ou fazer um movimento linear vertical com a mão para se referir a um cabelo longo, ou a um acessório que você utiliza com frequência. Apesar de parecer simples, é muito difícil criar um sinal pessoal por conta própria. A língua de sinais faz uso de uma gramática visual que se limita a configuração da mão, posição e movimento. Ou seja, a não ser que você tenha feito curso de Libras ou praticado por muito tempo, o nome que você criou pode não parecer sequer com uma palavra.
  3. Não crie o seu próprio sinal: em vez disso, permita que uma pessoa surda dê um a você. Quando um surdo designa um sinal pessoal, significa que você já é considerado parte da comunidade. Esse é o momento mais importante para um falante não nativo, e em muitos grupos isso pode demorar anos para acontecer. E se mesmo assim você ainda não está convencido, existem vários outros motivos pelos quais a soletração do nome não deve ser substituída por um sinal criado por conta própria:
    • Pode ser que você adote uma configuração de mão ou movimento difícil de ser compreendido, ou ainda descumpra as regras gramaticais;
    • O sinal criado por você pode ter conotação negativa;
    • Outro falante pode estar usando esse sinal;
    • Seu sinal pode ser parecido ou igual ao de uma pessoa famosa. (Imagine um estranho tentando fazer uso do nome Martin Luther King);
    • Além disso, vai totalmente contra a cultura surda.
  4. Os sinais mudam e se multiplicam. Se você é aprendiz de Libras e conhece falantes experientes, já deve ter notado que algumas pessoas podem ser representadas por mais de um sinal pessoal. Isso geralmente acontece quando elas são nomeadas por diferentes comunidades. Com o passar do tempo os sinais acabam sendo reformulados por vários motivos: questões regionais, para se distinguirem de outros que possam ser similares, para se tornarem mais fáceis de simbolizar ou por fazerem referência a alguma característica constrangedora ou irrelevante.

editarDicas

  • Existem centenas de línguas de sinais ao redor do mundo. A Língua Brasileira de Sinais, retratada neste artigo, é utilizada apenas no Brasil. Os aspectos culturais da comunidade surda que foram citados também são específicos e retratam a realidade do surdo que vive neste país em questão;
  • Quando estiver se comunicando com uma pessoa surda não presuma que ela seja capaz de fazer leitura labial. Tal não é uma habilidade natural em todo surdo e precisa ser ensinada assim como leitura, escrita, etc.
  • A palavra “surdo”, escrita com letra minúscula, refere-se a perda auditiva, enquanto “Surdo”, com a letra maiúscula, refere-se a comunidade e cultura Surda como um todo.
  • Utilize a expressão corporal para dar entonação ao que você diz quando estiver falando por meio da língua de sinais. Por exemplo, você pode demonstrar que não gostou de algo fazendo cara de desdém, ou ainda franzir a sobrancelha se detestou alguma coisa;
  • Para frases simples não se preocupe com a expressão facial. Um sorriso seguido de “Oi” é tudo que você precisa.

editarAvisos

  • Crianças e jovens surdos geralmente gostam de criar sinais pessoais, mas pode ser que se motivem mais pela diversão do que pela praticidade. Você pode acabar sendo representado por uma palavra pouco elegante ou difícil de sinalizar.

editarFontes e Citações


Erro de citação <ref> tags exist, but no <references/> tag was found


$2

Comentários